Páscoa das convergências

Será que está bastante enraizado em nós o desejo de celebrar a Páscoa de Jesus? Celebra-la a partir da nossa pobreza, da nossa solidão, com ou sem apoios exteriores?
Vamos acorrer do fim do mundo para participar numa comunidade que celebra a Páscoa de Jesus para não cair na armadilha de uma solidão que leva ao isolamento?
Falo de algo mais profundo do que cumprir preceitos litúrgicos.
A convergência de Jesus com o Pai e com toda a humanidade, numa hora tão dramática, se deu a partir do silencio da solidão; silencio de solidão que gera solidariedade, comunhão.
Jesus, enviado do Pai, segunda pessoa da Trindade, se recebe plenamente pessoa ao atrair, como crucificado, toda a humanidade ao Pai. Agora cumpriu sua missão: sua pessoa é a comunidade divina e humana.
Não podia viver a sua missão mais intensamente do que dando sua vida por amor.
Senti que as pessoas que vieram muito numerosas desde domingo de Ramos até a Páscoa, vieram como atraídas por este Mistério da Páscoa-convergência.
Em mais de 30 anos que a comunidade de Taizé está neste bairro, foi à primeira vez que se tornou tão explicito.
Foi como a colheita daquilo que se plantou no Espírito do Concilio- povo de Deus, passando pelo seu primeiro bispo, D. José, e que deu fruto neste bairro e sendo capaz de acolher a quem vem de fora e sobretudo acolhendo pelo batismo e a Eucaristia novos membros.
O “Bendito Sejais” dançado em rodas no dia da Páscoa é infinita gratidão aos Divinos Três.


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